quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

O futuro governo mundial part 1.


Autor: Adrian Salbuchi

As pessoas lúcidas e conscientes que observam o desdobrar dos acontecimentos mundiais durante a última década (ou desde 11 de setembro de 2001), com certeza já se perguntaram o que está acontecendo com o mundo em que vivemos. Vemos o aumento da violência, guerras, mentiras descaradas, operações de bandeira falsa, levantes sociais, pobreza, falências e morte de milhares de pessoas... O mundo tornou-se um lugar perigoso e lamentável de se viver, e piora a cada dia.

Isto tudo nos leva a fazer uma pergunta óbvia: Por quê? Por que tudo isto está acontecendo? Poderíamos atribuir a causa disto à natureza maligna do ser humano? Ou à sua insensatez e ignorância? Será que tudo é apenas uma série de equívocos e erros em questões cruciais?

Quase todos terão uma resposta pronta à esta indagação, caracterizada obviamente pelo seu ponto de vista filosófico particular. Os mais racionais dirão que a causa é a tomada de decisões errôneas que as pessoas normais fazem em um ambiente cada vez mais complexo. Os otimistas encolherão os ombros, subestimando a questão com a estranha declaração de que sempre houve guerras, perseguições, pobreza e corrupção... Os pessimistas, como sempre, irão se queixar de que estamos todos condenados, especialmente aqueles que proclamam: "Arrependam-se antes que o mundo acabe em 2012". Então, o que devemos pensar?


Primeiro, uma Palavra a Respeito de "Conspirações"

Se você não crê em nenhuma das explicações acima e sente que as calamidades atuais estão sendo deliberadamente planejadas (por um grupo de pessoas em algum lugar, que controla o curso dos eventos mundiais), tenha cuidado, pois corre o risco de ser rotulado como mais um paranóico, alucinado, um excêntrico que acredita em teorias conspiratórias.

Não se preocupe demais com isto, pois aqueles que classificam como "teoria conspiratória" toda tentativa de reunir um modelo alternativo de atuação real dos poderes globais, na verdade são: a) Pessoas alegremente ignorantes que crêem em um "mundo de acordo com a CNN e a FoxNews"; b) Míopes em relação aos processos geopolíticos cruciais de longo prazo; ou c) Enganadores deliberadamente propensos a proteger a Elite Global e que, por isso, reagem inquietamente toda vez que alguém lança luz sobre a questão. Neste artigo abordarei esta terceira opção.

Desmascarar as acusações de "teoria conspiratória" na realidade não é algo difícil de fazer, pois aquilo que é rotulado como tal, é apenas o comportamento humano normal. Ou será que deveríamos gritar "conspiração!" todas as vezes que duas ou três pessoas com interesses e metas em comum unirem-se a fim de coordenar e articular suas ações, unindo forças para promover esses objetivos mais facilmente e com um maior grau de precisão? Vemos isto acontecer em nossas comunidades, escolas e até em nossas próprias famílias. Este comportamento humano normal é tão onipresente que ninguém se preocupa em mencioná-lo. Até que você aponte para o fato de que os mais altos escalões do poder mundial também fazem exatamente o mesmo.

Toda vez que alguém diz que indivíduos e entidades extremamente poderosos também se envolvem de forma relativamente previsível em ações comuns, planejando e fazendo acordos a fim de alcançar metas comuns, aquela palavra que começa com "C" é usada veementemente para destruir essa linha de pensamento ou investigação de uma vez por todas.

Como você se atreve a dizer que banqueiros globais maquinam e manipulam o dinheiro e as finanças de modo a controlar as economias, mercados, governos e a mídia? Como você se atreve a insinuar que os ricos e poderosos criam organizações como o Conselho das Relações Internacionais (CFR) ou a Comissão Trilateral a fim de concretizar seus planos geopolíticos de apoiar os interesses de longo prazo da Elite Global empenhada em impôr um único Governo Mundial sobre toda a humanidade? Como você pode ser tão paranóico a ponto de sugerir que o dinheiro é usado para influenciar e colocar "pessoas de confiança" na Casa Branca, no Parlamento e no Governo Britânico, na Casa Rosada Argentina e nas mesas dos editores de todas as principais empresas de mídia?

Esta é a reação dominante que temos toda vez que falamos sobre os banqueiros, magnatas do petróleo, empreiteiros, políticos, jornalistas e suas respectivas corporações, organizações, bancos, lóbis, lojas maçônicas, forças armadas — todos os quais claramente têm interesses e objetivos em comum — unindo-se e usando suas vastas movimentações financeiras para exercer controle com punhos de ferro sobre a sociedade. Isto é tão óbvio que somente os ingênuos (ou os "analistas" descaradamente na folha de pagamento da Elite) chegam à conclusão oposta. O que é realmente ingenuidade é acreditar que George Soros nunca pega o telefone para discutir planos comuns com Henry Kissinger ou com Christine Lagarde (do FMI). Ou que David Rockefeller nunca sai para jantar com seus colegas Rothschild, Morgan e Warburg.

Não fique desconsertado quando alguém usar a palavra "conspiração" contra você. Todos aqueles que usam essa técnica para silenciar as pessoas lúcidas e atentas fazem isto porque sabem que nada é mais perigoso para eles do que... pessoas lúcidas e atentas!

Agora, vamos dar uma olhada e ver como o mundo realmente funciona, chamem isto de "conspiração", ou não.

O Governo Mundial

O sonho de erigir um Governo Mundial único e controlado por uma pequena minoria extremamente poderosa e ardilosa remonta a vários séculos. Suas raízes não se estendem apenas sob o cenário político, mas também nas esferas sociais, culturais e religiosas, frequentemente com nuances simbólicas e "ocultas".

Em nossos dias, o governo mundial tem sido descrito de variadas formas, como "Nova Ordem Mundial", "Um Mundo Unificado" e, mais recentemente "Globalização". Não importa como você o chame, o fato é que a soberania nacional (que é a capacidade do povo se organizar em torno dos Estados-nações, a fim de decidir seus próprios assuntos), de um conceito original nitidamente definido vem se esfacelando e dispersando de tal forma que, hoje em dia, ninguém sabe definir prontamente o significado de soberania.

Talvez isto fosse aceitável se a soberania nacional dos países fosse reduzida em prol da luta contra os problemas globais que afetam a humanidade como um todo (por um bem comum), no entanto, o aumento da fome, doenças, poluição e guerras nos mostra um cenário muito diferente. Por quê? O motivo é que, basicamente o Governo Mundial não se desenvolveu firmado em instituições públicas globais robustas que tenham (ou que deveriam ter) em primeiro plano o bem público de "Nós, o Povo", mas em vez disso, se desenvolveu com base em organizações privadas que têm o lucro e seus próprios interesses em primeiro plano. De fato, o Governo Mundial que está surgindo diante de nossos olhos possui uma característica-chave, que é raramente mencionada: ele é privado.


O Poder Privado

Vamos começar pelo básico: o que dirige o mundo nos dias de hoje não é a justiça, nem a busca pelo bem comum, nem as leis internacionais, os valores éticos ou a democracia. O que governa o mundo é o poder e hoje o poder tem sido ilegitimamente acumulado nas mãos de uma pequena minoria usurpadora. O que queremos dizer com "poder"?

Primeiro, poder é a capacidade concreta de planejar, promover, organizar e executar ações cujos resultados invariavelmente levarão a objetivos específicos e desejados a curto, médio e longo prazos. Poder é a capacidade e habilidade de fazer certas coisas acontecerem sem nenhuma resistência e, ao mesmo tempo, impedir que outras coisas venham a acontecer, independente de sua força. Se for necessário, usando até a guerra...

Esta definição abrange etapas políticas, econômicas, industriais, financeiras, comerciais, tecnológicas, culturais, psicológicas e (normalmente, em última instância) militares. O exercício do poder requer o uso coordenado e inteligente de todos os recursos disponíveis (sejam estes abundantes ou escassos, físicos ou virtuais) com a visão de alcançar objetivos e metas concretos.

Em segundo lugar, temos de diferenciar poder formal e poder real. O que a mídia nos mostra são os muitos chamativos resultados visíveis de ações executadas por estruturas do poder formal, isto é, os governos nacionais, mercados financeiros e mídia. Entretanto, as alavancas do poder real que fazem as coisas acontecerem são muitos menos visíveis. Eles planejam o que acontece no mundo, quando, onde e quem faz as coisas acontecerem. Simetrias entre o poder real e o poder formal ajudam a explicar como o sistema global funciona. Vamos recapitular:

O poder real está centrado em estruturas e organizações discretas e proativas que comandam processos concretos e efetivos nas esferas política, econômica e social de uma nação, região, classe econômica, instituições públicas ou privadas, ou uma combinação destas. Sua efetividade origina-se de sua continuidade no tempo, o que lhe permite aumentar e alavancar sua capacidade de dominação mundial. O poder real estrutura as forças motoras que, apesar de invisíveis, não obstante geram resultados altamente visíveis.

Já o poder formal está centrado em estruturas que são em sua maior parte executoras reativas das estratégias e decisões que emanam das estruturas de poder real. Estas incluem as estruturas eminentes, como grandes companhias multinacionais, bancos transnacionais, monopólios de multimídia, importantes universidades e altos escalões governamentais de todos os países (presidentes, membros do gabinete, congressistas, juízes). As estruturas de poder formal são as responsáveis pelos resultados visíveis enraizados em causas não tão visíveis que emanam das estruturas do poder real.

A conquista e o uso do poder tem muito em comum com o surfe: manter o equilíbrio em meio ao perigo, o risco de cair da prancha, o controle flexível de velocidade, da direção e do nível. Os bons surfistas sabem "cavalgar a onda", do mesmo modo que o filósofo italiano Julius Evola recomendava que aprendêssemos a "cavalgar o tigre"... Podemos imaginar que o poder tem um estilo felino de caçar e rapinar, o qual temos de adestrar.

Isto nos leva à necessidade de entender claramente o que é a fundamental e cruel "Lei do Poder": aqueles que têm o poder, o utilizam para promover e conduzir seus objetivos e interesses; aqueles que NÃO têm poder, precisam arcar com as consequências das ações daqueles que têm o poder de promover e conduzir seus objetivos e interesses.

Aqui temos as raízes da situação dramática que a maioria dos países sofre atualmente, pois o poder não está mais nas mãos de pessoas e organizações que trabalhem pelo bem comum da nação.

Fonte: http://www.nosdiasdenoe.com

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